quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Projeto de Ecovila

Desde meus 16 anos de idade, tenho sonhado com um projeto interessante. Esse projeto foi sendo melhorado, refinado, alimentado durante todos esses anos. Inicialmente eu queria construir uma cidade. Uma cidade perfeita.
Por causa desse sonho, aproximei-me do comunismo, pois o comunismo tem o ideal de um mundo onde todos são iguais, ninguém é mais do que ninguém e tudo é dividido igualmente entre todos. Só que descobri que esse ideal não é bem assim e que precisaria de uma revolução armada para ser conquistado. Então meus planos entraram em choque com esses ideais, pois não queria matar ninguém para poder viver em paz, harmonia e felicidade com todas as pessoas. Isso pra mim era um contrassenso.
Então fui depurando este projeto. Nunca o esqueci. Há cerca de 10 anos, conheci os conceitos de Ecovila e Permacultura. Fiquei impressionado, pois era EXATAMENTE isso que eu queria, e descobri que, como eu, milhares, talvez milhões de pessoas queriam fazer a mesma coisa, ou pelo menos algo parecido.
A partir de então, tenho visitado ecovilas e comunidades alternativas em vários lugares do Brasil. Cada uma com suas peculiaridades, sendo que todas, somadas, constituem uma gigantesca onda de BEM que está aflorando e "contaminando" todos os lugares. É isso.
Meu projeto é basicamente o seguinte:
- Uma área comunitária onde tudo que é produzido seja dividido igualmente na comunidade;
- Construções ecologicamente corretas, usando materiais como tijolo ecológico, adobe (que na nossa região pode ser contra-indicado devido à alta umidade), bambu, superadobe, etc.
- Cada morador da ecovila pode ter uma atividade particular também, como forma de prover seu próprio sustento. No meu caso, um viveiro para produção de produtos orgânicos e ervas naturais;
- A parte mais externa da comunidade, próxima à estrada, pode dispor de lojas ou salas comerciais, onde os moradores podem oferecer seus produtos e serviços à vizinhança e à comunidade em geral;
- Todos os moradores precisam ter uma elevada espiritualidade, não necessariamente pertencendo á mesma religião, ou sequer tendo religião. Precisam ser, sobretudo, éticos. Muito éticos.
- A comunidade não deve ter mais do que uns 20 moradores;
- Todos os moradores devem trabalhar, sendo metade do tempo para seu próprio sustento, e metade do tempo em trabalho voluntário pela comunidade;
- Salvo períodos especiais, não se deve trabalhar mais do que oito horas diárias. Seis horas seria o ideal;
- Pelo menos duas horas de estudo todos os dias;
- Pelo menos duas horas de práticas espirituais, como meditação, cerimônias, etc;
- Um tempo para atividades físicas, como yoga, caminhadas, corridas e alongamentos;
- Dias específicos para atividades artísticas ou oficinas para quem quiser participar;
- Essas atividades são coletivas e comunitárias;
- A comunidade deve ter uma creche e/ou escola;
- Uma oficina ou fábrica de tijolos ecológicos;
- Um centro de eventos com uma sala para 50 pessoas e outra para 200 pessoas, onde podem ser dadas palestras, cursos e também para fazer retiros;
- Alojamentos, pousada, alguns chalés ou hotelaria que comporte uma quantidade maior de pessoas. Essa hospedagem deve ser administrada pela comunidade;
- Refeitório coletivo;
- Praça de lazer;
- Pista para caminhadas;
- Área verde preservada, com trilhas;
- Produção própria de energia;
- Coleta de água da chuva em cisternas;
- Jardins muito bonitos, floridos e bem cuidados. Gramados bem aparados. Lago com peixes, ponte, etc. Um visual que encante os olhos;
- Ruas pavimentadas, limpas e bem cuidadas;
- Doação de área para construção de um TEMPLO; Junto ao templo, um zendô permanente;
- As lojas próximas à estrada podem vender artigos religiosos, souvenirs, alimentos, bem como oferecer serviços como reiki, acupuntura, massoterapia, etc.
- Um centro de eventos coberto, mas aberto, onde possam ser ministrados cursos de permacultura, produção orgânica, yoga e outras atividades semelhantes;

Este projeto está evoluindo constantemente e, espero, em breve sairá do papel;




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