segunda-feira, 28 de julho de 2014

O pote de margarina

A saciedade das necessidades fisiológicas (fome, sede, sexo, ir ao banheiro, etc) produz uma sensação de alívio. Esse alívio pode ser muito útil e benéfico na meditação, pois ele acalma a mente e propicia um estado de paz muito profunda.

Tomando meu café, mantendo plena atenção, ao final sinto a saciedade e minha mente fica completamente calma, limpa, serena. Os pensamentos ficam em um nível mais abaixo. Eles ainda existem, eu os sinto, mas não os escuto mais.
Perfeito samadhi. Completamente presente. Aqui e agora. Aos poucos, cada vez mais intenso, sem esforço, naturalmente, e não há diferença alguma entre eu e a mesa, eu e o pão, eu e o pote de margarina.

Não há eu. Eu sou o pote de margarina. Tudo é o pote de margarina. O universo não poderia existir sem o pote de margarina. E o pote é belo e perfeito, assim como está.

[Algumas horas depois desse insight, caíram algumas 'fichas' interessantes e que julgo importante compartilhar aqui:]

Devemos tratar todos os recursos que temos com respeito. Até um simples pote de margarina. Depois de usá-lo, devemos lavá-lo e separar para reciclagem, ou destinar a um outro uso. Jamais devemos jogá-lo diretamente no lixo. Isso seria uma tremenda falta de respeito com o meio ambiente, com a matéria prima usada, com as milhares de pessoas que foram envolvidas no processo de fabricação e com a própria natureza.

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