terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Evolução do Samadhi

Não sei se é com todo mundo, mas para mim, com o passar do tempo e da prática constante de meditação sentada, ficou cada vez mais fácil e rápido entrar em Samadhi, e a qualidade do Samadhi também está melhor.
Uma das melhores horas do dia para praticar meditação é no caminho para o trabalho e de volta para casa. Longos períodos de plena atenção na rua.
E sobre um zafu, o Samadhi vem rápida e facilmente. Permaneço em uma sucessão longa de curtos períodos naquele estado de aqui-agora onde não há esforço, nem pensamentos ou julgamentos, e nada se deseja.
Apenas o maravilhoso momento presente na mais profunda paz, com a mente totalmente receptiva. Nada a discriminar ou rotular, basta aceitar tudo exatamente do jeito como é.
Começo aos poucos a entender os votos dos Bodhisattvas. Eu gostaria de poder libertar todas as pessoas de suas prisões mentais. O sofrimento é uma ilusão enorme gerada pelo apego da mente a conceitos e hábitos totalmente equivocados e irreais. É tão fácil simplesmente viver e deixar viver, desfrutando da perfeição deste momento, aqui e agora... Ao invés disso, preferimos permanecer como zumbis na frente da TV ou torturarmos nossa mente em um labirinto de problemas sem saída.
Os problemas são intermináveis e se interligam em um emaranhado tão intrínseco que não conseguimos perceber que, na verdade, eles não existem. O que existem são fatos que, como tais, são impermanentes. Nada é eterno. Porém, nossa mente se apega a eles e cria uma armadilha da qual não consegue escapar e, por isso, sofremos.
Os fatos existem e precisamos aceitá-los, resolvê-los ou abandoná-los. Cabe a cada um a opção de sofrer por causa deles ou não.
Cada um vive do jeito que quer. Eu prefiro a liberdade, mas gostaria que todos também fossem livres e que pudessem vislumbrar pelo menos um pouquinho da realidade como ela é. Nem que fosse por um único momento.
"Conhecei a Verdade e ela vos libertará".

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